O Sr. José Duarte tinha 12 anos quando começou a trabalhar com o seu pai no campo e foi sempre o que fez durante toda a sua vida.
Foi quinteiro durante muitos anos do Sr. Afonso Torrinha. Um quinteiro toma conta da terra do patrão. O seu patrão dava-lhe a terra para semear, ele semeava toda a terra e na altura da recolha dividiam tudo ao meio, metade era para o Sr. José Duarte e a outra metade era para o seu patrão, e tudo o que sobrava vendiam e o lucro também era dividido ao meio. Para além disso também tratava do gado que eram vendido e o lucro era dividido ao meio.
O seu ordenado era aquilo que sobrava da colheita, que vendia, ficava com o lucro para si.
Sempre trabalhou por conta própria, apesar de nunca ser no seu terreno.
O Sr. José Duarte chegou ainda a ser leiteiro, tinha 4 vacas leiteiras e começou a vender leite quando veio morar para Marmelete. Não ai vender o leite casa a casa, as pessoas é que iam à sua casa buscar o leite. Tinha tanto trabalho que o seu patrão viu-se obrigado a comprar uma máquina para ordenhar as vacas, porque já não conseguiam fazer duas ordenhas por dia, o Sr. José ordenhava cerca de 40 a 50 litros de leite por dia, nas ordenhas da manhã e da noite.
Recorda-se que muitas das vezes o leite não chegava para as encomendas, pois naquela altura só existiam duas pessoas em Marmelete que vendiam leite. O Sr. José Duarte vendia um litro de leite a 100 escudos.
Era uma vida muito dura, levantava-se de madrugada e trabalhava até ao anoitecer, nunca chegou a ter folgas e sempre foi um escravo no trabalho. Refere que não era um trabalho muito rentável, mas sempre conseguiu pagar as despesas e ir comendo.
Nunca teve aprendizes consigo para lhes transmitir a arte do seu ofício, sempre trabalhou sozinho e a sua mulher, os dois tratavam do gado e faziam a horta. Só teve que pagar pessoas para trabalhar com ele, quando tinham muito trabalho, por exemplo na apanha das sementeiras acrescentadas de cebolas, batatas, feijão.
O serviço que mais gostava de fazer era tratar dos animais, e acha que ainda devem existir algumas pessoas a trabalhar como quinteiros.
Nos seus tempos livres o Sr. José Duarte descansa pois segundo ele: “(...)A doença assim o exige. (...) Apesar de tudo, diz que já teve momentos mais felizes mas não se pode queixar da sua vida.
Obrigado, Sr. José Duarte!
Sempre trabalhou por conta própria, apesar de nunca ser no seu terreno.
O Sr. José Duarte chegou ainda a ser leiteiro, tinha 4 vacas leiteiras e começou a vender leite quando veio morar para Marmelete. Não ai vender o leite casa a casa, as pessoas é que iam à sua casa buscar o leite. Tinha tanto trabalho que o seu patrão viu-se obrigado a comprar uma máquina para ordenhar as vacas, porque já não conseguiam fazer duas ordenhas por dia, o Sr. José ordenhava cerca de 40 a 50 litros de leite por dia, nas ordenhas da manhã e da noite.
Recorda-se que muitas das vezes o leite não chegava para as encomendas, pois naquela altura só existiam duas pessoas em Marmelete que vendiam leite. O Sr. José Duarte vendia um litro de leite a 100 escudos.
Era uma vida muito dura, levantava-se de madrugada e trabalhava até ao anoitecer, nunca chegou a ter folgas e sempre foi um escravo no trabalho. Refere que não era um trabalho muito rentável, mas sempre conseguiu pagar as despesas e ir comendo.
Nunca teve aprendizes consigo para lhes transmitir a arte do seu ofício, sempre trabalhou sozinho e a sua mulher, os dois tratavam do gado e faziam a horta. Só teve que pagar pessoas para trabalhar com ele, quando tinham muito trabalho, por exemplo na apanha das sementeiras acrescentadas de cebolas, batatas, feijão.
O serviço que mais gostava de fazer era tratar dos animais, e acha que ainda devem existir algumas pessoas a trabalhar como quinteiros.
Nos seus tempos livres o Sr. José Duarte descansa pois segundo ele: “(...)A doença assim o exige. (...) Apesar de tudo, diz que já teve momentos mais felizes mas não se pode queixar da sua vida.
Obrigado, Sr. José Duarte!